Recorte do Jornal
A Tribuna da Imprensa
Rio de janeiro,11 de junho de 2002
Extrato da Coluna do Helio Fernandes
Nelson Jobim, Ministro do Supremo e presidente do Tribunal que vai presidir as eleições, continua fazendo trajeto rigorosamente surrealista. Em vez de defender a Constituição, violenta essa mesma Constituição, quase que diariamente. É incrível. A cada ato, ação ou palavra de Nelson Jobim, a Constituição apresenta um rasgão maior e mais visível.
O artigo 2º da Constituição, proclama o que já está na Constituição da Inglaterra desde 1215 e dos EUA desde 1787 "São poderes independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário".
Inscritos na Constituição, exatamente nessa ordem. Mas parece que o Ministro, que já foi Executivo, agora no Judiciário, pretende diminuir o Legislativo, ao qual também já pertenceu. Sua atuação é ostensiva.
Depois de intervir acintosamente no Legislativo, determinando a verticalização das eleições, agora faz nova intervenção, regulando e regulamentando até mesmo a forma de apuração dos votos. Declarou publicamente "A urna eletrônica é mais do que garantida".
Ninguém discute o fato. Só que diversos técnicos isentos e sem interesse, o governador Brizola, e muitos advogados que estudaram o processo, declararam "É preciso imprimir o voto para uma emergência". Só isso. Por que tanto medo desse voto impresso, para ser consultado em caso de dúvida? Isso é suspeito, sintomático e subserviente
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