Recorte da Revista
ISTO É
São Paulo, 13 de Agosto de 2000
Os limites da segurança da urna eletrônica
O engenheiro paulista Amílcar Brunazo Filho é especialista em
segurança de dados e coordenador do
Fórum do Voto Eletrônico
- grupo apartidário que discute pela Internet as eleições no Brasil.
- "O atual sistema de votaçõa eletrônico é vulnerável a fraudes",
afirmou ele a ISTO É.
Na eleição de outubro 108 milhões de brasileiros utilizarão 354.000 urnas.
Principais falhas apontadas por Brunazo:
- Os fiscais só podem conhecer parte do software das urnas de todo o Brasil.
Há programas de controle e aplicativos que integram este software mas os partidos
só tem acesso ao programa aplicativo. Assim programas viciados podem ser instalados
e desviar o voto de um candidato para o outro.
- Não há certeza de que o programa validado pelos partidos é o que será carregado
na urna porque os fiscais não podem fazer esta conferência.
- O teste das urnas é realizado no dia da lacração e uma semana antes da votação.
Só que apenas 3% das urnas são checadas.
- As funções de criptografia do software (codificação que garante a confidencialidade dos dados)
foram produzidas pelo Centro de Pesquisas em Segurança de Comunicações - CEPESC.
Este órgão não é isento por que está ligado à Agência Brasileira de Inteligência e ao
Gabinete da Segurança Institucional da Presidência da República.
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