PT, PDT e PT do B estão questionando a segurança das urnas eletrônicas. A principal reclamação é a proibição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de mostrar aos partidos o conteúdo completo do programa usado nas urnas. Para o presidente do PT, José Dirceu, a fiscalização e auditoria teriam de ser completas.
Ele no entanto concordou que o uso das urnas eletrônicas é um avanço e evita fraudes.
O partido propôs que fossem realizadas auditorias em urnas aleatórias por um comitê suprapartidário, o que, segundo Dirceu, o TSE não admitiu.
Na semana passada, o PDT entrou com um mandato de segurança junto ao tribunal, solicitando a liberação dos programas aos partidos. Também entrou com representação junto ao Ministério Público Federal solicitando o acesso à íntegra dos programas.
O secretário de informática do TSE, Paulo Camarão, contesta as acusações. Segundo ele, o tribunal deixou à disposição dos partidos o chamado código de objeto, que é o próprio programa. Porém, o acesso ao código de fonte - uma espécie de DNA do software - foi vetado por questões de segurança. "A fonte é propriedade do TSE, não podemos disponibilizá-la." Sobre a auditoria das urnas, Camarão disse que a lei permite que ela seja realizada em até 3% das urnas, o que os partidos discordaram.